Enfermagem

18/04/2011

Sangue – fluido importante para a vida!

Filed under: Artigos - Diversos,Enfermagem — Larissa Fernanda Passere @ 19:27

O sangue é um líquido viscoso que circula pela extensa rede de artérias, veias e capilares do nosso organismo, transportando nutrientes para que as células, tecidos ou órgãos funcionem de maneira eficaz. Além disso, leva embora tudo aquilo que as células não precisam mais.

Um homem adulto possui cerca de cinco litros de sangue em circulação, ou seja, aproximadamente 7% de seu peso. O sangue é composto por elementos figurados (células) e pelo plasma.

Os elementos figurados são glóbulos vermelhos ou eritrócitos, os glóbulos brancos ou leucócitos e as plaquetas. Esses elementos são produzidos na medula óssea a partir de células-tronco após estímulos hormonais e depois caem na circulação periférica para desempenharem importantes funções.

Glóbulos vermelhos

Os glóbulos vermelhos ou eritrócitos respondem por 40% do volume do sangue. São fabricados continuamente na medula óssea e contem em seu interior a hemoglobina, uma proteína que empresta a cor avermelhada ao sangue e que leva o oxigênio para todas até os tecidos. A célula usa o oxigênio para todas as suas funções metabólicas.

A diminuição do número de eritrócitos ou da hemoglobina resultaem anemia. Oexcesso de ferro, por sua vez, é indício de uma doença chamada hemocromatose, que pode ser hereditária ou secundária e nesses casos a pessoa absorve muito esse nutriente.

Nosso organismo é eficaz para absorver, mas ruim para eliminar o ferro, e o tratamento dessa doença é bem simples e curioso: FLEBOTOMIA (sangria terapêutica).

Da maneira que era usada na idade média, a sangria não tinha fundamento, hoje porém, a retirada de sangue é bastante útil quando há o excesso de ferro ou de eritrócitos.

E o aumento exagerado do número de eritrócitos ou do nível de hemoglobina também leva a doenças como poliglobulia (proliferação isolada de série vermelha). Nestes casos, o sangue torna-se ainda mais viscoso, o que dificulta a circulação, em especial, nos pequenos capilares, como no cérebro, rins e retina, ocasionando sintomas de dor de cabeça, tontura e confusão visual, dentre outros.

Glóbulos brancos

Os glóbulos brancos ou leucócitos tem função de defesa contra microrganismos causadores de infecções. São produzidos na medula óssea e ganham rapidamente a circulação periférica. Os leucócitos em 3 grandes classes: os granulócitos que incluem os neutrófilos, eosinófilos e basófilos, os linfócitos e os monócitos.

Os glanulócitos correspondem a 50% – 60% dos leucócitos, dos quais os neutrófilos são os mais abundantes e estão envolvidos na defesa contra bactérias.

Os eusinófilos são de 2% a 4% dos leucócitos e respondem pelas infecções parasitárias e processos alérgicos. Os basófilos são mais raros, com menos de 1% e também estão envolvidos em processos alérgicos.

Os monócitos correspondem a 6% dos leucócitos e tem função de fagocitar (englobar) microrganismos estranhos.

O aumento do número de leucócitos (leucocitose) pode se dar por várias causas, mas a mais comum é em resposta a uma infecção, fenômeno no qual o organismo combate o agente agressor de modo rápido, liberando maior número de neutrófilos a partir da medula óssea, Já a diminuição dos leucócitos ou leucopenia também pode ocorrer por algumas infecções bacterianas ou virais. Entretanto, doenças mais raras e por vezes mais graves podem ser a causa dessa situação como a leucemia e anemia aplástica.

Plaquetas e plasma

Outro elemento presente no sangue é a plaqueta que cuida da coagulação, ela impede que a pessoa sangre sem parar. Esses fragmentos de células também ocupam pequenos orifícios na parede interna dos vasos, estabilizando sua superfície e auxiliando na cicatrização.

A diminuição do número de plaquetas geralmente ocorre em quadros infecciosos, por uso de medicamentos ou por outras causas, como a imunológica situação na qual o organismo cria anticorpos que destroem suas próprias plaquetas. Os sintomas da queda do número de plaquetas são pequenos sangramentos na pele, gengiva ou nariz.

O aumento exagerado do número de plaquetas pode igualmente ocorrer durante estados infecciosos ou inflamatórios, nesses casos, não são raros o acidente vascular cerebral ou infarto agudo do miocárdio. Além das alterações numéricas em excesso ou escassez de plaquetas, doenças que afetam suas funções de adesão, agregação e metabolismo podem induzir sintomas de sangramentos ou tromboses.

No entanto, a maior parte do sangue 60% é composta pelo plasma. Trata-se do líquido amarelado que dá volume ao sangue, constituído fundamentalmente por água, íons, gases e no qual circulam nutrientes, hormônios e outras substâncias. Alterações no volume plasmático como sua diminuição, levam a doenças. É possível medir a presença de centenas de elementos como proteínas, lipídeos, glicose e albumina.

Para investigar se todos os elementos que compõem o sangue estão funcionando corretamente, os médicos se utilizam do hemograma. Esse exame é capaz de detectar tanto alterações no formato quanto na quantidade de cada tipo de célula. A análise de uma gota de sangue ao microscópio revela uma imensidade de aspectos importantes para o diagnóstico de doenças ou de características do indivíduo.

Eritrócitos com morfologia estranha, por exemplo, em forma de foice, denunciam a anemia falciforme, linfócitos com aspectos não habituais e em número excessivamente aumentado podem indicar leucemia ou linfoma.

Bandagem natural

Um ferimento cortocontuso ou uma batida pode levar à formação de uma equimose. Quando isso acontece, o sangramento é tamponado pelas plaquetas que se unem na parede interna do vaso rompido e formam uma espécie de rolha inicial para estancar o sangramento. Em seguida 13 fatores de coagulação vêm do plasma e se unem em uma rede de fibrina que vai fechando o vaso rompido. A falta de apenas um desses fatores já compromete o processo. A hemofilia “A” é caracterizada pela falta de fator 8. Hoje a reposição é feita pela administração desse fator isolado a partir de doação nos bancos de sangue. Antigamente era feita a transfusão de todo o plasma, o que causou a contaminação por HIV em alguns pacientes hemofílicos.

Futuro

Um dos maiores desafios dos cientistas é criar o sangue artificial, essas pesquisas atendem interesses de grupos como testemunhas de Jeová, por exemplo, que não aceitam a doação de sangue. Os pesquisadores tentam arranjar um substituto à altura para os eritrócitos, que são as células mais importantes nas transfusões sanguíneas, o objetivo é garantir o transporte de oxigênio sem correr o risco de contaminação ou incompatibilidade. Os estudos ainda estão em estágios iniciais, mas são promissores, um dos grupos já conseguiu converter o tipo B em O, o que permitiria o aumento do estoque de sangue nos bancos de doação.  

Para cuidar-se bem

No dia a dia, as pessoas não se lembram do sangue, é um tecido tão fundamental que o organismo sacrifica todo o resto antes dele. É necessário investir em uma alimentação saudável para garantir aos menos que não faltem ao organismo os elementos básicos para produzir suas células – o ferro, a vitamina B12 e o ácido fólico são os 3 nutrientes mais importantes. A alimentação balanceada, a prática de exercícios físicos e evitar o estresse ajudam a saúde do organismo como um todo.

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